sábado, 25 de janeiro de 2014


Eu sou uma dessas pessoas fascinadas pelo sentimento chamado “amor”. Na verdade todos os tipos de amor, seja relacionado a namoro, casamento ou até mesmo uma amizade. Não sei como as coisas da vida funcionam ou se já existe algo escrito para cada um de nós. Só sei que doí, doí perdas, doí precisar dizer adeus a algo que fazia parte da sua rotina. Doí ver que estar acabando aos poucos, doí ver o brilho indo embora, assim, sem mais nem menos. Sete anos é quase uma vida, ou pelo menos boa parte de uma vida. Só que muitas vezes o sentido da palavra sete anos, não significa nada para alguns. E sabe? Isso doí também! Eu queria poder acordar dessa realidade, desse caos em que me encontro. Eu sinto muito. Sinto muito por ter feito questão quando você nem ao menos se importou com isso. Compreendo que errei algumas vezes, mas veja você, olha o que você se tornou! Eu sinto muito por mim, por ter me apegado a você e ter se dedicado a essa amizade. Sinto muito por todas as vezes que tive chance de ter novos amigos, e não os apanhei de braços abertos, porque você pra mim, sempre foi insubstituível. Porém, o problema é que eu sempre fui algo que você podia substituir a qualquer momento. Talvez você nunca tenha sentido a dor de ser trocada por alguém, e principalmente por aquele alguém que você conheceu à dias, talvez a meses. No máximo! Lembro-me quando sorrio a primeira vez que te chamei de MAPS, e você toda idiota me disse “O que significa isso maimota?” E eu te respondi morrendo de rir “Significa melhores amigas para sempre”. Eu, sempre tão boba e ingênua que nunca deixei de acreditar no poder da palavra “sempre”. E agora fico aqui com um aperto enorme, lembrando-me de tudo que vivemos, das viagens, das conversas altas, do nosso tempo de colégio, dos dias que passava praticamente o dia inteiro na minha casa, das vezes que sempre foi tratada como filha pelos meus pais, das coisas erradas que fizemos juntas, dos sonhos que sonhamos como se fossemos uma só. Eu e você sempre? Acho que não lembra mais disso. Infelizmente. E daí a pouco, deito e me pergunto todos os dias, quem é você? Porque tantas mentiras? Tantas palavras bonitas ditas em vão? Porque me causou tanta dor? Porque me fez acreditar em algo que acabaria quando alguém melhor que eu – na sua opinião- aparecesse? As pessoas me perguntam sobre você, e você sabe o que eu respondo? “Eu não sei mais nada dela.” Lembra-se dos planos de faculdade? De formatura perfeita? Viu por onde foram? Cidades diferentes, sonhos e planos trocados. Eu sempre acreditei que as coisas acontecem exatamente como devem ser, mas sinceramente eu não queria acreditar nisso com relação a nos duas. Eu só espero que você viva, tudo que tem em mente, tudo que você sempre sonhou pra sua vida. Eu espero que a cada dia que passa você seja mais. Que a cada dia que passa você se esforce mais nos teus propósitos e que consiga alcançar tudo. Porque por mais da distancia eu estarei feliz, festejando e rezando de longe por você. E espero muito que o seu ciclo novo de amizade, sigam meu exemplo, e nunca te troquem por nada, que eles nunca te deixem sozinha. Prefiro eu, sentir toda essa dor sozinha, do que ver você, um dia quem sabe, sentindo a mesma dor que eu. Porque amar não é isso? Muitas vezes tomar a dor do outro? Pois bem, eu estarei aqui! Mas quem sabe, talvez fique. Talvez volte. Talvez não… Joicce Andrade

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