quarta-feira, 29 de janeiro de 2014


Todo mundo quer ser feliz. Repito: todo mundo. E não adianta negar, você também quer. Aliás, quem não quer? É o desejo de todos nós. Ser feliz é o objetivo principal que nos faz encarar a vida, levantar da cama e escutar reclamações, enfrentar obstáculos e querer superá-los. O irônico é que quanto mais a gente busca ser feliz, mais adiamos a felicidade. Deixe-me tentar ser mais clara: uma garota, por exemplo, diz que só vai ser feliz quando completar 15 anos. Ela, portanto, cresce e diz que só vai ser feliz quando passar no vestibular. E depois só quando casar. E depois só quando tiver filhos. E o ciclo-da-felicidade nunca está completo, porque sempre almejamos mais, mais e mais. Nossas metas mudam a cada dia. Nossos sonhos se realizam e criamos outros. Nossos planos se concretizam e planejamos coisas novas. Poderíamos estar sendo felizes agora mesmo, porque não? Mas o ser humano é teimoso, marrento e orgulhoso. Nós temos todos os melhores e fundamentais motivos pra sermos felizes - saúde é o melhor deles - e deixamos, lamentavelmente, pra dar valor a isso quando passamos por momentos ruins. Não é fácil admitir felicidade. Uma das coisas mais difíceis que existe é dizer que está feliz e, de fato, estar. O mundo é injusto e traiçoeiro, meu bem. Não te contaram que não se deve sair gritando aos quatro cantos quando uma coisa boa te acontece? Não te avisaram que tem muita gente, nesse instante, esperando uma oportunidade pra puxar o seu tapete? Não te disseram as duras palavras de que vivemos em uma sociedade onde a inveja está por todo lugar? Pois digo-lhe isso agora. É vergonhoso ter que admitir, mas essa é a nossa realidade. Realidade onde a felicidade alheia é algo que incomoda - e muito - muita gente. Realidade onde a amizade e a falsidade andam lado a lado. Portanto, meu bem, leve consigo um conselho que lhe dou sem cobrar nada: quando estiver a beira de explodir de tanta felicidade, não saia de casa.

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