sábado, 7 de junho de 2014


Carrega essa dor comigo? Me dá teu ombro? Me dá um pouco das tuas forças… Por favor, acho que não vou mais aguentar. Ei, menina. Dá aquele sorriso pra mim? Só mais uma vez, eu te peço. Ele me faz tão bem. Faz meu mundo colorir também. Ta tudo tão cinza sabe? Desde o dia que tu se foi, não consigo mais encontrar aquela efêmera felicidade que um dia eu parecia ter. Volta aqui e faz do minha vida clichê um clichê mais feliz. A vida é tão sem graça sem tua presença. Aparece aqui na porta de casa, se não quiser entrar tudo bem. Se vier pra me dar só um abraço e um adeus, por mim tudo bem. Mas se quiser sentar na calçada e jogar umas palavrinhas fora, eu aceito também. Eu sei que eu não te faço nem um terço do bem que tu me fazes. Mas por favor, deixa eu te dizer o quanto ainda preciso de ti. Sim, não me importo se isto seria exagero. Pois eu sou desse tipo de gente que precisa de outra por perto. E mais certo, você. Eu já errei tantas vezes, e tu sempre me perdoou. Eu já cometi tantas faltas e tu sempre aceitou. Eu sei que erro demais, mas poxa… Eu nunca fiz nada pra te machucar. Meus erros não são viscerais. São aqueles bobos; uma data esquecida, um atraso de um encontro, umas palavras cortadas. Mas eu te prometi que nunca iria te machucar, e creio que até aqui não venho cometendo tal falta. Pois pra mim seria mais que cruel, fazer contigo o que eu disse que iria te proteger de que te fizessem. Lembra de quando tu entrou em minha vida? Lembra que teu coração estava quase que inteiramente desmontado? O meu estava em mesma ou quase forma que o teu. E talvez este infortúnio tenha sido o motivo de nosso deleitar de corações. Mas acontece que aos poucos nos ajudamos a construir um outro devagarinho. Lembra? Por favor, não vai assim. Eu sinto sua falta todos os dias quando acordo e não posso tocar teus cabelos. Eu sinto sua falta todos os dias quando levanto da cama e passo a mão pelo colchão e não posso enxergar aquele sorriso matutino que tu costumava semear quando acordavas. Eu sinto sua falta, como quem vive de nados e perde os braços. Deita aqui teu rosto em meu colo, deixa eu dizer-te umas palavras tolas. Eu te amo. Mas me perdoa, por favor, me perdoa. Eu fui tão tolo em te deixar partir assim sem te segurar pelos braços e puxar de volta pra mim. Mais uma vez te peço, carrega essa dor comigo? Eu já carreguei outras tantas tuas. Quem sabe até as trouxe pra mim. E se não carregares, apenas me dê a mão. Seria bem mais ter-te ao meu lado enquanto levanto e escavo tais fardos. Só quero que fiques aqui, comigo, como sempre deveria ser.

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